Alfajor Argentino é Eleito o Melhor Biscoito do Mundo

Alfajor Argentino
Alfajor Argentino é Eleito o Melhor Biscoito do Mundo

O alfajor argentino foi coroado o melhor biscoito do mundo pelo prestigiado ranking da Taste Atlas, uma plataforma especializada em gastronomia que celebra sabores tradicionais de diversos países. Publicado em 2 de setembro de 2025, o ranking dos 50 melhores biscoitos do mundo gerou debates acalorados nas redes sociais, especialmente pela classificação do alfajor como biscoito e pelas posições de outros doces icônicos. Neste artigo, detalhamos o top 5 da lista, exploramos as características de cada biscoito, sua relevância cultural e o impacto do ranking, com base em informações de La Nacion e outras fontes confiáveis.

O Ranking Taste Atlas: Uma Enciclopédia de Sabores

O Taste Atlas é reconhecido como uma “enciclopédia global de sabores”, mapeando pratos e ingredientes tradicionais com base em avaliações de sua audiência. Para o ranking de 2025, a plataforma analisou 16.100 avaliações, das quais 10.387 foram consideradas legítimas, usando mecanismos que filtram bots e avaliações nacionalistas (TasteAtlas, 2025). O resultado destaca o alfajor argentino no topo, seguido por outros biscoitos emblemáticos de diferentes culturas. A lista não apenas celebra a diversidade gastronômica, mas também provoca discussões sobre o que define um “biscoito” ou “bolacha”.

Top 5 Melhores Biscoitos do Mundo

1. Alfajor (Argentina) – 4.4/5

O alfajor argentino é um ícone gastronômico do país, composto por duas bolachas macias unidas por um recheio de doce de leite e frequentemente coberto com chocolate ou polvilhado com açúcar de confeiteiro. Sua origem remonta à influência árabe na Península Ibérica (do termo al-hasú, que significa “recheado”), mas na Argentina ele ganhou uma identidade única, com variações que incluem recheios de frutas, mousse ou glacê.

  • Por que é especial? A textura aerada das bolachas, combinada com a cremosidade do doce de leite, cria uma experiência única. Na Argentina, o alfajor transcende a categoria de biscoito, sendo tratado como um símbolo cultural, consumido em padarias, quiosques e até como souvenir para turistas.
  • Curiosidade: A vitória do alfajor surpreendeu muitos argentinos, que não o classificam como biscoito, mas como uma categoria à parte. A conquista foi celebrada nas redes sociais como “uma nova Copa do Mundo” (La Nacion, 2025).
  • Onde encontrar? Marcas como Havanna e Cachafaz são famosas, mas versões artesanais abundam em feiras e confeitarias locais.

2. Melomakarona (Grécia) – 4.4/5

O melomakarona é um biscoito natalino grego, feito com farinha, sêmola fina, azeite de oliva, suco e raspas de laranja, canela, cravo e, às vezes, brandy. Após assados, os biscoitos são mergulhados em uma calda de mel e polvilhados com nozes picadas, resultando em uma textura úmida e um sabor doce e aromático.

  • Por que é especial? Reflete a tradição mediterrânea de usar mel, frutas secas e especiarias, sendo um clássico nas festas de fim de ano. Sua combinação de sabores cítricos e terrosos o torna inesquecível.
  • Curiosidade: Apesar de empatar com o alfajor (4.4/5), o melomakarona ficou em segundo lugar, possivelmente por critérios de desempate não divulgados, o que gerou reclamações entre fãs gregos (Greek City Times, 2025).
  • Como consumir? Tradicionalmente servido em celebrações, combina bem com café ou chá.

3. Chocolate Chip Cookie (Estados Unidos) – 4.3/5

O chocolate chip cookie é um clássico americano, feito com uma massa de farinha, manteiga, açúcar, ovos e baunilha, repleta de pedaços de chocolate que derretem parcialmente ao assar. Criado na década de 1930 por Ruth Wakefield, no Toll House Inn, em Massachusetts, o biscoito nasceu de um “acidente” quando os pedaços de chocolate não derreteram completamente, criando um doce que conquistou o mundo.

  • Por que é especial? A combinação de uma textura macia e crocante com o contraste doce-salado e o chocolate derretido o torna um favorito universal. É frequentemente servido com leite, café ou chá.
  • Curiosidade: Sua popularidade global o transformou em um símbolo da confeitaria americana, com variações que incluem nozes, chocolate branco ou até sabores veganos.
  • Onde encontrar? Disponível em padarias, cafés e marcas como Chips Ahoy, mas as versões caseiras são imbatíveis.

4. Stroopwafel (Países Baixos) – 4.3/5

O stroopwafel é um doce holandês feito de duas finas camadas de massa quadriculada, semelhantes a waffles, unidas por um recheio de caramelo (stroop) feito de açúcar, manteiga e canela. Criado no século XIX em Gouda, inicialmente usava sobras de massa adoçadas com xarope.

  • Por que é especial? O caramelo quente e pegajoso, combinado com a crocância da massa, cria uma experiência única. Tradicionalmente, é colocado sobre uma xícara de chá ou café quente para amolecer o caramelo.
  • Curiosidade: Sua popularidade cresceu globalmente, com versões artesanais e industriais disponíveis em supermercados e cafés ao redor do mundo.
  • Como consumir? Ideal com bebidas quentes, mas também delicioso como lanche.

5. Marranitos (México) – 4.2/5

Os marranitos, também conhecidos como “puerquitos” ou “cochinitos”, são pães doces mexicanos em formato de porquinho, feitos com piloncillo (açúcar mascavo sólido), anis e especiarias como canela e gengibre. Pertencem à tradição da panadería mexicana, combinando influências europeias com ingredientes locais.

  • Por que é especial? Sua textura densa e sabor caramelizado, com um toque de especiarias, evoca nostalgia e é um símbolo da culinária popular mexicana.
  • Curiosidade: Apesar de serem chamados de “pães doces”, foram classificados como biscoitos no ranking, o que gerou debate entre mexicanos nas redes sociais (TasteAtlas, 2025).
  • Como consumir? Perfeito com café, chocolate quente ou atole, é um clássico em padarias mexicanas.

Reações nas Redes Sociais

A divulgação do ranking gerou uma onda de reações nas redes sociais, especialmente no X, onde usuários celebraram, questionaram e debateram as escolhas:

  • Argentina: A vitória do alfajor foi comparada a uma conquista esportiva, com memes e mensagens como “Alfajor é nosso orgulho nacional!”. No entanto, muitos argentinos questionaram sua classificação como biscoito, já que o consideram uma categoria única (La Nacion, 2025).
  • Grécia: Fãs do melomakarona expressaram frustração pelo segundo lugar, argumentando que sua tradição histórica e sabor único mereciam o topo (Greek City Times, 2025).
  • Outros Países: Usuários dos EUA, Países Baixos e México celebraram a presença de seus biscoitos, mas também houve debates sobre a inclusão de outros doces, como o macaron francês (16º lugar) e o baci di dama italiano (10º lugar).

O debate também girou em torno do conceito de “biscoito”. Para alguns, o alfajor e o marranito não se encaixam na categoria devido às suas texturas e recheios, enquanto outros defenderam que a diversidade do ranking reflete a riqueza global da confeitaria.

Contexto Cultural e Gastronômico

O ranking do Taste Atlas destaca a diversidade da confeitaria mundial, mostrando como cada biscoito reflete a história e os ingredientes de sua cultura:

  • Influências Históricas: O alfajor tem raízes árabes, adaptadas na América Latina; o melomakarona remonta à tradição mediterrânea; e o stroopwafel evoluiu de sobras para um ícone holandês.
  • Nostalgia e Identidade: O chocolate chip cookie e o marranito evocam memórias de infância, enquanto o alfajor é um símbolo de orgulho argentino.
  • Globalização: A presença de versões industriais e artesanais desses biscoitos mostra como a confeitaria ultrapassa fronteiras, conquistando paladares globais.

Impacto do Ranking

A vitória do alfajor reforça sua relevância cultural e comercial. Eventos como o Campeonato Mundial do Alfajor, realizado em agosto de 2025 em Buenos Aires, com mais de 120 expositores de vários países, mostram o impacto global do doce. O ranking também impulsionou o turismo gastronômico na Argentina, com visitantes buscando experimentar alfajores autênticos em marcas como Havanna ou confeitarias locais.

Além disso, o Taste Atlas continua a inspirar curiosidade e orgulho pelas tradições culinárias, incentivando pessoas a explorar novos sabores e receitas. A lista completa, com 100 biscoitos, inclui outros destaques como silvanas (Filipinas, 29º lugar) e kourabiedes (Grécia, 48º lugar), mostrando a riqueza da confeitaria global (TasteAtlas, 2025).

Como Experimentar Esses Biscoitos

  • Alfajor: Experimente marcas argentinas como Havanna ou faça em casa com receitas que combinam doce de leite e massa amanteigada.
  • Melomakarona: Busque em padarias gregas ou prepare com mel e especiarias para um toque natalino.
  • Chocolate Chip Cookie: Fácil de fazer em casa, com receitas clássicas como a da Nestlé Toll House.
  • Stroopwafel: Disponível em mercados internacionais ou online; aqueça sobre uma xícara de chá para a experiência tradicional.
  • Marranitos: Encontre em padarias mexicanas ou experimente receitas caseiras com piloncillo.

Conclusão

O ranking do Taste Atlas celebra a diversidade e a riqueza da confeitaria mundial, com o alfajor argentino liderando como um ícone de sabor e cultura. Seguido por clássicos como o melomakarona, chocolate chip cookie, stroopwafel e marranitos, a lista destaca a capacidade dos biscoitos de unir tradição, nostalgia e inovação. As discussões nas redes sociais mostram como a gastronomia pode despertar paixão e debate, enquanto o Taste Atlas continua a inspirar a descoberta de novos sabores. Seja experimentando um alfajor em Buenos Aires ou assando cookies em casa, esses biscoitos são um convite para celebrar a culinária global.

Com informações de La Nacion e TasteAtlas.

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